terça-feira, 2 de agosto de 2011

Espiritualidade Agostiniana: um coração humano e inquieto

“Que é meu coração senão um coração humano?”(Agostinho in: De Trinitate IV, prol.1).
Um coração humano, com tudo que é humano é marca da espiritualidade  agostiniana.  Um coração que saiba reconhecer-se entrelaçado  e livre na relação com outros corações.
Para além de intimismo, a espiritualidade agostiniana leva o homem a um mergulho em si, onde, na profunda interioridade, reconheça-se coração inquieto, na constante busca da Verdade capaz de resignificar o existir-humano-no-mundo.
Esta resignificação do existir-humano-no-mundo se dá por uma mudança na maneira de se relacionar consigo mesmo e com as coisas a partir do paradigma do bem e da beleza. Em tudo há o bem e a beleza, o que equivale a dizer: em tudo encontramos Deus, tudo é dom e digno de amor.
Assim, a espriritualidade agostiniana se caracteriza e se concretiza em um coração humano em todas as suas contradições e inquieto em sua busca pela Verdade. Esta Verdade é  a Beleza antiga e sempre nova, Deus, que movimenta a realidade humana para o bem.

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